“Versos não se escrevem para leitura de olhos mudos” [Mario Quintana]

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Amina Ruthar*


O que cala, arde...


um pranto descarnado desborda na calçada
como metáfora amarga sangra o peito seco
a enganar a fome do menino

na manjedoura de concreto
reluzentes como reis magos
três latões de lixo


desviando-se da miséria
cristãos blindados atravessam a rua
 contritos

é missa de domingo!

Amina Ruthar*
 [Amina Ruthar* ,mineira, professora universitária,pedagoga,conferencista em Estratégia e Humanismo,aprendiz de poesia, por total paixão pela palavra.]

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